INTERNET
E REDES SOCIAIS – FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS
VOLTADAS À INTERATIVIDADE
Eliane Lucy Marcelino[1]
Paulo Cesar de Campos[2]
Resumo
A partir da operacionalização do laboratório
de informática, da formação de alunos monitores e da formação continuada de professores
no TDC - Trabalho Docente Coletivo, o professor orientador do Projeto LIED –
Laboratório de Informática Educacional tem orientado a comunidade escolar da
EMEF “Ângela Cury Zákia” em Campinas/SP, quanto ao uso de multimídia, redes
sociais e demais recursos da Internet. Foi essa iniciativa que possibilitou o
efetivo uso dessa ferramenta em sala de aula e em outros ambientes junto aos
alunos do 4ª ano, em diferentes Projetos Educacionais. O objetivo desse
trabalho é incentivar novas iniciativas e o trabalho efetivo de outros
educadores em relação ao que é possível ser realizado em sala de aula visando à
interatividade entre alunos, professores, conteúdos e família. Essas ações
viabilizam a aprendizagem significativa, pois, motivam os alunos a participarem
das atividades propostas, exploram seus sentidos e interesses e, favorecem a
organização e o respeito mútuo.
Palavras-chave:
Internet,
redes sociais, interatividade, aprendizagem significativa,
interdisciplinaridade, formação continuada de professores.
[1] Professora do 4º ano – Ciclo II - Ensino Fundamental I – EMEF Ângela Cury Zákia - Rede Municipal de Campinas e Professora do Curso de Pedagogia da Anhanguera Educacional Ltda. – FAV e FAC3.
[2] Professor do Ensino Fundamental I, II e E.J.A. – EMEF Ângela Cury Zákia - Rede Municipal de Campinas, Orientador do Projeto LIED e Projeto Aluno Monitor na U.E.
Introdução
Em
2010, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª. “Ângela Cury Zákia”,
recebeu por meio de uma parceria entre o MEC, a empresa de computadores
POSITIVO e a Prefeitura Municipal de Campinas, o Laboratório de Informática
Educacional (LIED).
Com
espaço e recursos preparados ao uso educacional, o LIED conta com dezessete
computadores conectados em rede, impressora, internet e softwares educacionais
do MEC já instalados nos terminais, enfim, trata-se de um rico ambiente de
aprendizagem para os alunos. Porém, inicialmente somente os professores que
dominavam os recursos a utilizavam como extensão da sala de aula.
Qual
a possível causa da resistência dos demais docentes?
Uma
possível resposta estaria relacionada à prática pedagógica dos professores, que
trazem em si as marcas sua formação inicial e continuada e ao longo do tempo
reafirmam as suas crenças em relação aos conceitos de homem, de sociedade, de
educação. Tempo esse que muitas vezes nem é tão longo entre sua formação inicial
e sua prática como educador.
Dentro
dessa perspectiva, muitas vezes, torna-se difícil aceitar o “novo”, o
“diferente” e, portanto, transformar seu olhar, sua prática. Pois, muitas vezes
parece-lhe ter que deixar de lado todos os seus valores e ideias mais caros. Essa
sensação é recorrente em diferentes modalidades de educação.
É
possível que muitos de nós, já tenhamos experimentado essa sensação. Mas, a
superação dessa resistência e a transformação desse olhar frente ao “novo”, apresentado
aqui como as novas tecnologias da informação, que abrangem as Redes Sociais e a
Internet de modo geral, pode torná-las importantes ferramentas pedagógicas,
facilitadoras da aprendizagem, voltadas à interatividade entre alunos,
professores, conteúdos e famílias.
Para
tanto, torna-se fundamental a parceria entre os professores da instituição
educacional, a oferta de tempos pedagógicos e espaços de formação continuada tanto
pelo sistema de ensino, quanto pela gestão, além da busca contínua por uma
prática pedagógica interdisciplinar.
Nesse
contexto, ao final do ano de 2010, a avaliação institucional da unidade, feita
por professores, equipe gestora, alunos, comunidade e funcionários apontou a
necessidade de sistematização para uso efetivo do LIED no ano seguinte. Dentre as
mudanças propostas a necessidade de formação continuada do corpo docente da
unidade e a formação de alunos monitores para suporte no LIED foram
prioridades.
Projeto
Aluno Monitor
Em
2011, foi incluído ao Projeto Pedagógico da unidade escolar o chamado Projeto
Aluno Monitor. Criado por iniciativa do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE),
da Prefeitura Municipal de Campinas (PMC), o projeto defende a adoção de
plataformas digitais e a Internet como possibilidades para o aumento da
participação e do envolvimento dos alunos nas aulas, uma vez que essa “cultura
virtual” é intrínseca à nova geração.
Esse
projeto proporcionou na rede municipal a capacitação de professores multiplicadores,
professores responsáveis pelo LIED nas escolas e alunos monitores, matriculados
do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, estes selecionados por meio de
entrevista e prova específica. O curso teve duração total de dezesseis horas e
abordou os conteúdos: softwares educacionais do MEC, sistema LINUX, Internet,
experiências em outras unidades e dificuldades/soluções do uso das ferramentas
pedagógicas do laboratório.
Após
a formação, os alunos monitores, iniciaram a monitoria no contra turno de suas
aulas auxiliando professores e colegas no uso adequado dos recursos disponíveis
e suas possibilidades. Em duplas os dez alunos se revezam durante a semana,
atendendo a um público fixo de aproximadamente cento e trinta alunos, formado
pelas turmas do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos.
Cada
turma, acompanhada pelo professor de sala, faz uso do LIED durante duas
horas/aula, ou seja, cento e quarenta minutos, semanalmente, com horários
pré-definidos, sendo uma sala por vez. Semanalmente os alunos monitores se
reúnem com o professor responsável para discutirem o trabalho, sugerirem ações,
relatarem dificuldades e problemas técnicos.
Ao
início do ano letivo, nas reuniões coletivas de planejamento, a proposta do
projeto é apresentada e cabe aos professores incluírem nos planejamentos
individuais o recurso interativo como ferramenta pedagógica.
A superação
das resistências
Para
que a ferramenta tecnológica seja associada aos valores na sala de aula é
preciso que o professor seja o mediador e o filtro das informações que chegam
até o aluno. A partir deste princípio, apontamos em 2012 a necessidade da
formação dos professores da unidade, para que possam conhecer e utilizar
pedagogicamente os recursos interativos.
A
Internet permite a pesquisa, o conhecimento de outras opiniões e o contato com
o mundo externo à escola e à comunidade. Além disso, traz a possibilidade de
interatividade. Porém, para tirar proveito de todos os seus recursos, é
necessário que o professor lance mão, antes de tudo, de sua criatividade, e que
esteja disposto a conhecer essa tecnologia. É preciso também que o professor
conheça as habilidades dos alunos na Rede e quais são seus interesses.
De
acordo com Moran (1997), ensinar com a Internet pode atingir resultados
significativos quando se está integrado a um contexto estrutural de mudança do
processo de ensino e de aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam
formas de comunicação abertas, de participação e relação interpessoal e coletiva
também no âmbito efetivo. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia a
mais, que apenas reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet não é
capaz de modificar, sozinha, o processo de ensinar e aprender dos alunos, mas pode
influenciar a atitude básica pessoal e institucional diante da vida, do mundo,
de si mesmo e do outro.
Nessa perspectiva, Chartier
(1998) discute a tensão existente na atualidade frente questões que a Internet
suscita, quando envolve as particularidades de diferentes contextos e o desejo
do universal em relação aos mesmos e, estabelece ainda relações entre utopias
ingênuas e nostálgicas de posturas conservadoras e a busca incessante pela
universalização do conhecimento, das ideias, das informações. Isso nos faz
refletir sobre nosso posicionamento frente a esses dois extremos.
Persistir
na posição de resistência frente às inovações tecnológicas no ambiente escolar
é criar barreiras entre a instituição, o educador e os alunos, que no processo
de construção da sociedade. O professor não pode se furtar ao papel de mediador
entre esse sujeito e as incontáveis possibilidades de construção e de
reconstrução dos saberes acumulados pela humanidade, por conta de resistências
ou mesmo temores frente ao “novo”.
Um
importante passo que visa à
superação dessas barreiras no tocante ao efetivo trabalho pedagógico com as
tecnologias da informação, tem acontecido na EMEF Ângela Cury Zákia, em
Campinas/SP, por meio da formação continuada que a equipe gestora tem
viabilizado nos horário de Trabalho Docente Coletivo (TDC), momento em que um
dos professores do grupo assume um determinado tema de seu interesse para
discutir com o grupo.
No
início do primeiro semestre de 2012, o professor responsável pelo LIED e
Projeto Aluno Monitor na unidade assumiu um desses encontros propondo a
formação continuada dos professores quanto ao uso de instrumentos como
multimídia, data show, internet... Outros professores também contribuíram com
seus conhecimentos.
A formação continuada do grupo docente
Na
formação continuada para os professores, a primeira reação foi de
deslumbramento diante de tantas possibilidades. Isso favoreceu a quebra de alguns
paradigmas associados ao perfil dos jovens conectados, pois, para muitos, compreender
uma informação da Rede equivale a uma compreensão superficial, temporária, sem
o devido tempo de reflexão e de aprofundamento.
Foi
preciso discutir com o corpo docente que ensinar utilizando a Internet
pressupõe a quebra dessa e outras crenças, como a de que a Internet
ensina as pessoas a escreverem errado, por causa das abreviações, porém o uso
as diversas variações presentes na web pode mostrar aos alunos que, para cada
objetivo de comunicação, há um tipo mais adequado de registro da linguagem.
Nessa proposta de trabalho, foi preciso repensar o
papel do professor, pois ele não é o "informador", aquele
que centraliza a informação. A informação está em inúmeros bancos de dados, em
revistas, livros, textos, endereços de todo o mundo. O professor é o
coordenador do processo. Por isso, é importante que ele fique atento ao ritmo
de cada aluno, às suas formas pessoais de navegação, pois estes não devem
realizar suas buscar sem a devida triagem dos sites pelo educador. O professor não impõe; acompanha, sugere,
incentiva, questiona e aprende junto com o aluno.
Sabemos
que os alunos se impressionam primeiro com as páginas mais bonitas, que exibem
mais imagens, animações, sons. Os sítios menos atraentes visualmente costumam
ser deixados para segundo plano, o que pode acarretar a perda de informações de
grande valor. Ao pensarmos neste perfil de “internauta”, precisamos entender
que ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor.
Refletimos
ainda sobre a eficácia de proibir o acesso a determinados conteúdos e
atividades ou a didática de mostrar que alguns sites não são confiáveis.
Acreditamos que as duas opções podem funcionar, o que é preciso é ver com olhos
críticos o conteúdo publicado na Rede, que o que publicamos ou acessamos na
Internet pode acarretar riscos e consequências legais para a escola e até mesmo
para os pais dos alunos.
Sleiman
(2007) aborda em seu artigo os riscos e dificuldades da Internet na sala de
aula e reflete sobre algumas questões referentes a estes:
Como garantir que os
conteúdos acessados na escola são adequados? Como evitar que os alunos
publiquem material proibido ou prejudicial? Como impedir invasores nos
computadores dos alunos e como controlar o que o aluno vê? Todas essas
reflexões têm respostas, mas não há soluções prontas. Cada escola, cada
professor, cada grupo precisa encontrar a saída mais adequada para sua
realidade. Todo cuidado é preciso, desde cobrar da instituição recursos de
prevenção como antivírus, firewalls e monitoramento de acessos até a
conscientização de como deve se comportar o usuário da Internet.
Todas
as questões abordadas na formação continuada e o suporte técnico dos alunos
monitores, sem dúvida surtiram efeito em todos os professores presentes.
No
entanto, para o efetivo uso desses recursos em sala de aula como ferramenta
pedagógica na turma do 4º ano, a primeira transformação precisou acontecer na
práxis pedagógica da professora da sala. Era preciso acreditar que seria capaz
e procurar aprender a usar essa nova tecnologia. Assim como era necessário conhecer
os cuidados que devem ser tomados dentro desse universo. E, finalmente,
vislumbrar as possibilidades, posteriormente compartilhadas com as famílias e
toda a comunidade escolar.
Novas
possibilidades de aprendizagem
A realidade do
trabalho em sala de aula pode se mostrar um tanto limitada frente à
indisponibilidade de recursos de ordem financeira, material, humana,
tecnológica, entre outras. É nesse momento que o professor pode se questionar e agora?
Hoje, porém, o
professor pode lançar mão da interatividade que o acesso à Internet pode
oferecer, a partir do enfrentamento das resistências e dos temores frente à
utilização de diferentes recursos e ferramentas pedagógicas, com o intuito
maior de ampliar as possibilidades de aprendizagem dos alunos. Marcuschi e Xavier (2010) colocam que ainda
não é possível avaliar o quanto essa nova realidade afetará a humanidade, pois
estamos diante de algo inusitado, falamos aqui do fenômeno Internet. Porém,
incentivam a exploração desse recurso e de suas ferramentas para a
transformação da sociedade.
Possibilidades
de trabalho
Dentre
as ferramentas oferecidas pelas novas tecnologias da informação, destacamos os sites de busca de informações e as Redes
Sociais, que quando utilizados em sala de aula com a orientação dos professores
podem trazer oportunidades aos alunos de interagirem com o conhecimento
transformando-o e produzindo novos olhares e conceitos sobre os mesmos.
Essa
prática oferece muitas possibilidades de trabalho, algumas delas já estão sendo
implementas em nossa escola como: a proposta de conteúdos que sirvam como
recursos didáticos para as discussões em sala de aula; indicação de sites para leitura, vídeo de referência,
pesquisa orientada pelo professor baseada em roteiro de pesquisa na web em
sites de busca como Google (incluída no planejamento do
docente); incentivo para que os estudantes explorem assuntos de interesse com
maior profundidade; auxílio a estudantes com dificuldades; motivação para que o
aluno produza e compartilhe conteúdos; armazenamento de vídeos, fotos e links que professores e alunos por meio
de canais como Youtube; montagem de
acervo virtual dos trabalhos desenvolvidos em sala por meio de blogs, para que pais e alunos
acessem a produção, levando a escola mais próxima do seio familiar.
Para
tanto, no que se refere aos conteúdos, o currículo escolar para alunos do 4º ano
do Ensino Fundamental I da Rede Municipal de Ensino na cidade de Campinas é
definido pelas Diretrizes Curriculares e traz muitas propostas de trabalho
pedagógico que visam uma postura sociointeracionista do corpo docente e
discente e, incentivam a prática e a experiência dos alunos de forma
interdisciplinar.
Unindo
currículo e diretrizes às ferramentas citadas como Google, Youtube, Facebook
entre outros, encontramos uma feliz parceria que viabiliza o trabalho
pedagógico, motiva os alunos, favorece a aprendizagem, diminui indisciplinas e
apatias, envolve as famílias, estabelece novas relações e constrói vínculos.
A
ampliação dos recursos e possibilidades que essas ferramentas oferecem
motivou-nos a participar de diferentes eventos pedagógicos como XV O.B.A. –
Olimpíadas Brasileira de Astronomia e Astronáutica, o Projeto Leitura em Campo
- Educar/Dpaschoal. Toda a participação dos alunos nesses eventos e outros da
unidade escolar foi pautada no uso de recursos das tecnologias da informação em
sala de aula com a professora, no laboratório de informática com o suporte dos
alunos monitores e em casa com as famílias. Essa
participação envolveu pesquisas individuais, em duplas e coletivas, registros
de atividades em vídeo e fotos, produções textuais, dramatizações, e produções
criativas, o que enriqueceu significativamente o trabalho como um todo, ou
seja, desde o início do processo até o produto final.
Nicolaci-da-Costa (2006) e demais
autores, discutem impactos positivos e negativos que a Internet de modo geral
possa provocar nessa sociedade contemporânea. No entanto, apontam que a melhor
estratégia para os educadores, por exemplo, é conhecer essa ferramenta, suas
linguagens e especificidades para torná-la uma aliada no contexto escolar.
O conhecimento por parte dos
educadores sobre as ferramentas que a Internet oferece pode quebrar paradigmas.
Ormaneze (2012), em uma das publicações do Prêmio
Experiência 10, refuta a ideia, equivocadamente defendida principalmente
entre os estudiosos em Pedagogia, de que, existe uma distância, uma barreira,
de tempo e espaço que dificulta fortemente o trabalho pedagógico em sala de
aula, ou seja, erroneamente acredita-se que,
Na escola, convivem três gerações: o aluno nascido no
século XXI, em plena evolução da informática, o professor nascido e formado no
século XX e a escola, que mantém práticas e estruturas próprias do século XIX.
(Correio Popular, A8, 17/07/2012).
Em
consonância com o posicionamento do jornalista, contrário a essa crença,
consideremos a avaliação positiva dos resultados da inserção dos alunos nesse
meio multimídia realizada pela comunidade escolar e principalmente pelas
famílias, que passaram a compartilhar a realidade dos alunos em sala de aula e
reafirmam a ideia de que é possível aproximar professor e alunos, assim como
estes à instituição e conteúdos, tendo a Internet como meio e não como fim.
Interdisciplinaridade
e interatividade
Cavalcanti (1999, p. 9),
com o intuito de instigar o professor a buscar novas possibilidades de trabalho
apresenta o seguinte pensamento:
A virada para o
século XXI traz também a marca patenteada no cartório da história: o século do
saber, do conhecimento, da tecnologia. O desenvolvimento do homem, como
processo de contínua descoberta, está selado na ciência, na pesquisa, na
evolução tecnológica.
Nesse contexto, cabe
ressaltar que buscar uma prática pedagógica que priorize a
interdisciplinaridade entre as diferentes áreas de conhecimento é fundamental,
pois viabiliza diversas possibilidades de aprendizagem, valoriza múltiplas
competências, explicita diferentes linguagens e promove a interatividade em
diferentes segmentos escolares e familiares.
É
essa relação biunívoca entre interdisciplinaridade e interatividade que
constrói vínculos e estabelece relações entre pessoas e entre pessoas e o
conhecimento.
Silva
(2011) analisa as causas do desinteresse, da indisciplina e da violência dos
alunos. Dentre os apontamentos realizados, o autor discute os valores que o uso
das novas tecnologias tem construído ou desconstruído em nossa sociedade.
Contudo, o autor não prega a rejeição ou distanciamento dos sujeitos a essa
nova perspectiva da realidade, mas sim, faz importantes considerações sobre
como conviver com ela.
Novamente
encontramos o incentivo para que os educadores e as famílias busquem conhecer
essa nova tecnologia e suas ferramentas para que essas se tornem nossas aliadas
na educação das crianças e dos jovens.
Considerações Finais
Como
dito anteriormente, o objetivo desse trabalho não é apresentar nada novo aos
leitores, mas sim, incentivar novas iniciativas e o trabalho efetivo de outros
educadores em relação ao que é possível ser realizado em sala de aula visando à
interatividade entre alunos, professores, conteúdos e família.
Há
muito ainda a ser feito, pois embora essa metodologia não seja inédita, no que
se refere às escolas públicas da Rede Municipal de Campinas, ainda é
considerada “nova”. Por isso ressaltamos a importância da sistematização para
uso pedagógico da web, além da formação continuada efetiva dos professores e
também do trabalho de conscientização dos alunos para o uso seguro desse
recurso, assim como dos pais, para que realizem a supervisão necessária junto
aos professores, ambos como mediadores do aprendizado.
Essas
ações em parceria e de forma interdisciplinar viabilizam a aprendizagem
significativa, pois, motivam os alunos a participarem das atividades propostas
e exploram seus sentidos e interesses, favorecendo a organização e o respeito
mútuo.
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em: 13 de Agosto de 2012.
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