quarta-feira, 15 de agosto de 2012

15/08/2012 - Artigo dos professores Paulo Cesar de Campos e Eliane Lucy Marcelino


INTERNET E REDES SOCIAIS – FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS VOLTADAS À INTERATIVIDADE
Eliane Lucy Marcelino[1]
Paulo Cesar de Campos[2]

Resumo

A partir da operacionalização do laboratório de informática, da formação de alunos monitores e da formação continuada de professores no TDC - Trabalho Docente Coletivo, o professor orientador do Projeto LIED – Laboratório de Informática Educacional tem orientado a comunidade escolar da EMEF “Ângela Cury Zákia” em Campinas/SP, quanto ao uso de multimídia, redes sociais e demais recursos da Internet. Foi essa iniciativa que possibilitou o efetivo uso dessa ferramenta em sala de aula e em outros ambientes junto aos alunos do 4ª ano, em diferentes Projetos Educacionais. O objetivo desse trabalho é incentivar novas iniciativas e o trabalho efetivo de outros educadores em relação ao que é possível ser realizado em sala de aula visando à interatividade entre alunos, professores, conteúdos e família. Essas ações viabilizam a aprendizagem significativa, pois, motivam os alunos a participarem das atividades propostas, exploram seus sentidos e interesses e, favorecem a organização e o respeito mútuo.

Palavras-chave: Internet, redes sociais, interatividade, aprendizagem significativa, interdisciplinaridade, formação continuada de professores.


[1]              Professora do 4º ano – Ciclo II - Ensino Fundamental I – EMEF Ângela Cury Zákia - Rede Municipal de Campinas e Professora do Curso de Pedagogia da Anhanguera Educacional Ltda. – FAV e FAC3.
[2]              Professor do Ensino Fundamental I, II e E.J.A. – EMEF Ângela Cury Zákia - Rede Municipal de Campinas, Orientador do Projeto LIED e Projeto Aluno Monitor na U.E.


Introdução

            Em 2010, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª. “Ângela Cury Zákia”, recebeu por meio de uma parceria entre o MEC, a empresa de computadores POSITIVO e a Prefeitura Municipal de Campinas, o Laboratório de Informática Educacional (LIED).
            Com espaço e recursos preparados ao uso educacional, o LIED conta com dezessete computadores conectados em rede, impressora, internet e softwares educacionais do MEC já instalados nos terminais, enfim, trata-se de um rico ambiente de aprendizagem para os alunos. Porém, inicialmente somente os professores que dominavam os recursos a utilizavam como extensão da sala de aula.
            Qual a possível causa da resistência dos demais docentes?         
            Uma possível resposta estaria relacionada à prática pedagógica dos professores, que trazem em si as marcas sua formação inicial e continuada e ao longo do tempo reafirmam as suas crenças em relação aos conceitos de homem, de sociedade, de educação. Tempo esse que muitas vezes nem é tão longo entre sua formação inicial e sua prática como educador.
            Dentro dessa perspectiva, muitas vezes, torna-se difícil aceitar o “novo”, o “diferente” e, portanto, transformar seu olhar, sua prática. Pois, muitas vezes parece-lhe ter que deixar de lado todos os seus valores e ideias mais caros. Essa sensação é recorrente em diferentes modalidades de educação.
            É possível que muitos de nós, já tenhamos experimentado essa sensação. Mas, a superação dessa resistência e a transformação desse olhar frente ao “novo”, apresentado aqui como as novas tecnologias da informação, que abrangem as Redes Sociais e a Internet de modo geral, pode torná-las importantes ferramentas pedagógicas, facilitadoras da aprendizagem, voltadas à interatividade entre alunos, professores, conteúdos e famílias.
            Para tanto, torna-se fundamental a parceria entre os professores da instituição educacional, a oferta de tempos pedagógicos e espaços de formação continuada tanto pelo sistema de ensino, quanto pela gestão, além da busca contínua por uma prática pedagógica interdisciplinar.
            Nesse contexto, ao final do ano de 2010, a avaliação institucional da unidade, feita por professores, equipe gestora, alunos, comunidade e funcionários apontou a necessidade de sistematização para uso efetivo do LIED no ano seguinte. Dentre as mudanças propostas a necessidade de formação continuada do corpo docente da unidade e a formação de alunos monitores para suporte no LIED foram prioridades.
             
Projeto Aluno Monitor

            Em 2011, foi incluído ao Projeto Pedagógico da unidade escolar o chamado Projeto Aluno Monitor. Criado por iniciativa do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), da Prefeitura Municipal de Campinas (PMC), o projeto defende a adoção de plataformas digitais e a Internet como possibilidades para o aumento da participação e do envolvimento dos alunos nas aulas, uma vez que essa “cultura virtual” é intrínseca à nova geração.
            Esse projeto proporcionou na rede municipal a capacitação de professores multiplicadores, professores responsáveis pelo LIED nas escolas e alunos monitores, matriculados do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, estes selecionados por meio de entrevista e prova específica. O curso teve duração total de dezesseis horas e abordou os conteúdos: softwares educacionais do MEC, sistema LINUX, Internet, experiências em outras unidades e dificuldades/soluções do uso das ferramentas pedagógicas do laboratório.
            Após a formação, os alunos monitores, iniciaram a monitoria no contra turno de suas aulas auxiliando professores e colegas no uso adequado dos recursos disponíveis e suas possibilidades. Em duplas os dez alunos se revezam durante a semana, atendendo a um público fixo de aproximadamente cento e trinta alunos, formado pelas turmas do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos.
            Cada turma, acompanhada pelo professor de sala, faz uso do LIED durante duas horas/aula, ou seja, cento e quarenta minutos, semanalmente, com horários pré-definidos, sendo uma sala por vez. Semanalmente os alunos monitores se reúnem com o professor responsável para discutirem o trabalho, sugerirem ações, relatarem dificuldades e problemas técnicos.
            Ao início do ano letivo, nas reuniões coletivas de planejamento, a proposta do projeto é apresentada e cabe aos professores incluírem nos planejamentos individuais o recurso interativo como ferramenta pedagógica.

 A superação das resistências

            Para que a ferramenta tecnológica seja associada aos valores na sala de aula é preciso que o professor seja o mediador e o filtro das informações que chegam até o aluno. A partir deste princípio, apontamos em 2012 a necessidade da formação dos professores da unidade, para que possam conhecer e utilizar pedagogicamente os recursos interativos.
            A Internet permite a pesquisa, o conhecimento de outras opiniões e o contato com o mundo externo à escola e à comunidade. Além disso, traz a possibilidade de interatividade. Porém, para tirar proveito de todos os seus recursos, é necessário que o professor lance mão, antes de tudo, de sua criatividade, e que esteja disposto a conhecer essa tecnologia. É preciso também que o professor conheça as habilidades dos alunos na Rede e quais são seus interesses.
            De acordo com Moran (1997), ensinar com a Internet pode atingir resultados significativos quando se está integrado a um contexto estrutural de mudança do processo de ensino e de aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas, de participação e relação interpessoal e coletiva também no âmbito efetivo. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia a mais, que apenas reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet não é capaz de modificar, sozinha, o processo de ensinar e aprender dos alunos, mas pode influenciar a atitude básica pessoal e institucional diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro.
            Nessa perspectiva, Chartier (1998) discute a tensão existente na atualidade frente questões que a Internet suscita, quando envolve as particularidades de diferentes contextos e o desejo do universal em relação aos mesmos e, estabelece ainda relações entre utopias ingênuas e nostálgicas de posturas conservadoras e a busca incessante pela universalização do conhecimento, das ideias, das informações. Isso nos faz refletir sobre nosso posicionamento frente a esses dois extremos.
            Persistir na posição de resistência frente às inovações tecnológicas no ambiente escolar é criar barreiras entre a instituição, o educador e os alunos, que no processo de construção da sociedade. O professor não pode se furtar ao papel de mediador entre esse sujeito e as incontáveis possibilidades de construção e de reconstrução dos saberes acumulados pela humanidade, por conta de resistências ou mesmo temores frente ao “novo”.
            Um importante passo que visa à superação dessas barreiras no tocante ao efetivo trabalho pedagógico com as tecnologias da informação, tem acontecido na EMEF Ângela Cury Zákia, em Campinas/SP, por meio da formação continuada que a equipe gestora tem viabilizado nos horário de Trabalho Docente Coletivo (TDC), momento em que um dos professores do grupo assume um determinado tema de seu interesse para discutir com o grupo.
            No início do primeiro semestre de 2012, o professor responsável pelo LIED e Projeto Aluno Monitor na unidade assumiu um desses encontros propondo a formação continuada dos professores quanto ao uso de instrumentos como multimídia, data show, internet... Outros professores também contribuíram com seus conhecimentos.

A formação continuada do grupo docente

            Na formação continuada para os professores, a primeira reação foi de deslumbramento diante de tantas possibilidades. Isso favoreceu a quebra de alguns paradigmas associados ao perfil dos jovens conectados, pois, para muitos, compreender uma informação da Rede equivale a uma compreensão superficial, temporária, sem o devido tempo de reflexão e de aprofundamento.
            Foi preciso discutir com o corpo docente que ensinar utilizando a Internet pressupõe a quebra dessa e outras crenças, como a de que a Internet ensina as pessoas a escreverem errado, por causa das abreviações, porém o uso as diversas variações presentes na web pode mostrar aos alunos que, para cada objetivo de comunicação, há um tipo mais adequado de registro da linguagem.
                        Nessa proposta de trabalho, foi preciso repensar o papel do professor, pois ele não é o "informador", aquele que centraliza a informação. A informação está em inúmeros bancos de dados, em revistas, livros, textos, endereços de todo o mundo. O professor é o coordenador do processo. Por isso, é importante que ele fique atento ao ritmo de cada aluno, às suas formas pessoais de navegação, pois estes não devem realizar suas buscar sem a devida triagem dos sites pelo educador. O professor não impõe; acompanha, sugere, incentiva, questiona e aprende junto com o aluno.
            Sabemos que os alunos se impressionam primeiro com as páginas mais bonitas, que exibem mais imagens, animações, sons. Os sítios menos atraentes visualmente costumam ser deixados para segundo plano, o que pode acarretar a perda de informações de grande valor. Ao pensarmos neste perfil de “internauta”, precisamos entender que ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor.
            Refletimos ainda sobre a eficácia de proibir o acesso a determinados conteúdos e atividades ou a didática de mostrar que alguns sites não são confiáveis. Acreditamos que as duas opções podem funcionar, o que é preciso é ver com olhos críticos o conteúdo publicado na Rede, que o que publicamos ou acessamos na Internet pode acarretar riscos e consequências legais para a escola e até mesmo para os pais dos alunos.
            Sleiman (2007) aborda em seu artigo os riscos e dificuldades da Internet na sala de aula e reflete sobre algumas questões referentes a estes:
Como garantir que os conteúdos acessados na escola são adequados? Como evitar que os alunos publiquem material proibido ou prejudicial? Como impedir invasores nos computadores dos alunos e como controlar o que o aluno vê? Todas essas reflexões têm respostas, mas não há soluções prontas. Cada escola, cada professor, cada grupo precisa encontrar a saída mais adequada para sua realidade. Todo cuidado é preciso, desde cobrar da instituição recursos de prevenção como antivírus, firewalls e monitoramento de acessos até a conscientização de como deve se comportar o usuário da Internet.

            Todas as questões abordadas na formação continuada e o suporte técnico dos alunos monitores, sem dúvida surtiram efeito em todos os professores presentes.
            No entanto, para o efetivo uso desses recursos em sala de aula como ferramenta pedagógica na turma do 4º ano, a primeira transformação precisou acontecer na práxis pedagógica da professora da sala. Era preciso acreditar que seria capaz e procurar aprender a usar essa nova tecnologia. Assim como era necessário conhecer os cuidados que devem ser tomados dentro desse universo. E, finalmente, vislumbrar as possibilidades, posteriormente compartilhadas com as famílias e toda a comunidade escolar.

Novas possibilidades de aprendizagem
           
            A realidade do trabalho em sala de aula pode se mostrar um tanto limitada frente à indisponibilidade de recursos de ordem financeira, material, humana, tecnológica, entre outras. É nesse momento que o professor pode se questionar e agora?
            Hoje, porém, o professor pode lançar mão da interatividade que o acesso à Internet pode oferecer, a partir do enfrentamento das resistências e dos temores frente à utilização de diferentes recursos e ferramentas pedagógicas, com o intuito maior de ampliar as possibilidades de aprendizagem dos alunos.   Marcuschi e Xavier (2010) colocam que ainda não é possível avaliar o quanto essa nova realidade afetará a humanidade, pois estamos diante de algo inusitado, falamos aqui do fenômeno Internet. Porém, incentivam a exploração desse recurso e de suas ferramentas para a transformação da sociedade.

Possibilidades de trabalho

            Dentre as ferramentas oferecidas pelas novas tecnologias da informação, destacamos os sites de busca de informações e as Redes Sociais, que quando utilizados em sala de aula com a orientação dos professores podem trazer oportunidades aos alunos de interagirem com o conhecimento transformando-o e produzindo novos olhares e conceitos sobre os mesmos.
            Essa prática oferece muitas possibilidades de trabalho, algumas delas já estão sendo implementas em nossa escola como: a proposta de conteúdos que sirvam como recursos didáticos para as discussões em sala de aula; indicação de sites para leitura, vídeo de referência, pesquisa orientada pelo professor baseada em roteiro de pesquisa na web em sites de busca como Google (incluída no planejamento do docente); incentivo para que os estudantes explorem assuntos de interesse com maior profundidade; auxílio a estudantes com dificuldades; motivação para que o aluno produza e compartilhe conteúdos; armazenamento de vídeos, fotos e links que professores e alunos por meio de canais como Youtube; montagem de acervo virtual dos trabalhos desenvolvidos em sala por meio de blogs, para que pais e alunos  acessem a produção, levando a escola mais próxima do seio familiar.
            Para tanto, no que se refere aos conteúdos, o currículo escolar para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental I da Rede Municipal de Ensino na cidade de Campinas é definido pelas Diretrizes Curriculares e traz muitas propostas de trabalho pedagógico que visam uma postura sociointeracionista do corpo docente e discente e, incentivam a prática e a experiência dos alunos de forma interdisciplinar.
            Unindo currículo e diretrizes às ferramentas citadas como Google, Youtube, Facebook entre outros, encontramos uma feliz parceria que viabiliza o trabalho pedagógico, motiva os alunos, favorece a aprendizagem, diminui indisciplinas e apatias, envolve as famílias, estabelece novas relações e constrói vínculos.
            A ampliação dos recursos e possibilidades que essas ferramentas oferecem motivou-nos a participar de diferentes eventos pedagógicos como XV O.B.A. – Olimpíadas Brasileira de Astronomia e Astronáutica, o Projeto Leitura em Campo - Educar/Dpaschoal. Toda a participação dos alunos nesses eventos e outros da unidade escolar foi pautada no uso de recursos das tecnologias da informação em sala de aula com a professora, no laboratório de informática com o suporte dos alunos monitores e em casa com as famílias.        Essa participação envolveu pesquisas individuais, em duplas e coletivas, registros de atividades em vídeo e fotos, produções textuais, dramatizações, e produções criativas, o que enriqueceu significativamente o trabalho como um todo, ou seja, desde o início do processo até o produto final.
            Nicolaci-da-Costa (2006) e demais autores, discutem impactos positivos e negativos que a Internet de modo geral possa provocar nessa sociedade contemporânea. No entanto, apontam que a melhor estratégia para os educadores, por exemplo, é conhecer essa ferramenta, suas linguagens e especificidades para torná-la uma aliada no contexto escolar.
            O conhecimento por parte dos educadores sobre as ferramentas que a Internet oferece pode quebrar paradigmas. Ormaneze (2012), em uma das publicações do Prêmio Experiência 10, refuta a ideia, equivocadamente defendida principalmente entre os estudiosos em Pedagogia, de que, existe uma distância, uma barreira, de tempo e espaço que dificulta fortemente o trabalho pedagógico em sala de aula, ou seja, erroneamente acredita-se que,
Na escola, convivem três gerações: o aluno nascido no século XXI, em plena evolução da informática, o professor nascido e formado no século XX e a escola, que mantém práticas e estruturas próprias do século XIX. (Correio Popular, A8, 17/07/2012).

            Em consonância com o posicionamento do jornalista, contrário a essa crença, consideremos a avaliação positiva dos resultados da inserção dos alunos nesse meio multimídia realizada pela comunidade escolar e principalmente pelas famílias, que passaram a compartilhar a realidade dos alunos em sala de aula e reafirmam a ideia de que é possível aproximar professor e alunos, assim como estes à instituição e conteúdos, tendo a Internet como meio e não como fim.

Interdisciplinaridade e interatividade

            Cavalcanti (1999, p. 9), com o intuito de instigar o professor a buscar novas possibilidades de trabalho apresenta o seguinte pensamento:
A virada para o século XXI traz também a marca patenteada no cartório da história: o século do saber, do conhecimento, da tecnologia. O desenvolvimento do homem, como processo de contínua descoberta, está selado na ciência, na pesquisa, na evolução tecnológica.

            Nesse contexto, cabe ressaltar que buscar uma prática pedagógica que priorize a interdisciplinaridade entre as diferentes áreas de conhecimento é fundamental, pois viabiliza diversas possibilidades de aprendizagem, valoriza múltiplas competências, explicita diferentes linguagens e promove a interatividade em diferentes segmentos escolares e familiares.
            É essa relação biunívoca entre interdisciplinaridade e interatividade que constrói vínculos e estabelece relações entre pessoas e entre pessoas e o conhecimento.
            Silva (2011) analisa as causas do desinteresse, da indisciplina e da violência dos alunos. Dentre os apontamentos realizados, o autor discute os valores que o uso das novas tecnologias tem construído ou desconstruído em nossa sociedade. Contudo, o autor não prega a rejeição ou distanciamento dos sujeitos a essa nova perspectiva da realidade, mas sim, faz importantes considerações sobre como conviver com ela.
            Novamente encontramos o incentivo para que os educadores e as famílias busquem conhecer essa nova tecnologia e suas ferramentas para que essas se tornem nossas aliadas na educação das crianças e dos jovens.
           
Considerações Finais

            Como dito anteriormente, o objetivo desse trabalho não é apresentar nada novo aos leitores, mas sim, incentivar novas iniciativas e o trabalho efetivo de outros educadores em relação ao que é possível ser realizado em sala de aula visando à interatividade entre alunos, professores, conteúdos e família.
            Há muito ainda a ser feito, pois embora essa metodologia não seja inédita, no que se refere às escolas públicas da Rede Municipal de Campinas, ainda é considerada “nova”. Por isso ressaltamos a importância da sistematização para uso pedagógico da web, além da formação continuada efetiva dos professores e também do trabalho de conscientização dos alunos para o uso seguro desse recurso, assim como dos pais, para que realizem a supervisão necessária junto aos professores, ambos como mediadores do aprendizado.
            Essas ações em parceria e de forma interdisciplinar viabilizam a aprendizagem significativa, pois, motivam os alunos a participarem das atividades propostas e exploram seus sentidos e interesses, favorecendo a organização e o respeito mútuo.

 Referências
  
CAMPINAS/SME. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Campinas: SME, 2011.
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Editora UNESP, 1998.
FERREIRA, Sueli Mara. Introdução às Redes Eletrônicas. Ciência da Informação. Brasília, v.23, n.2, p. 258-263, maio/agosto,1994.
GILDER, George. Vida após a televisão; vencendo na revolução digital. Rio de Janeiro, Ediouro, 1996.
LASMAR, Tereza Jorge. Usos educacionais da Internet: A contribuição das redes eletrônicas para o desenvolvimento de programas educacionais. Brasília, Faculdade de Educação, 1995. Dissertação de mestrado.
MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. São Paulo: Cortez, 2010.
MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na Educação. Ciência da Informação. Scielo Brasil, Ci. Inf. v. 26 n. 2 Brasília, Maio/Agosto, 1997. Disponível em  http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0100-19651997000200006&script=sci_arttext. Acesso em 14 de agosto de 2012.
NICOLACI-da-COSTA, Ana Maria (org.). Cabeças digitais: o cotidiano na era da informação. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2006.
ORMANEZE, Fabiano. Tecnologia desperta o interesse e habilidades. Prêmio Experiência 10. Campinas: Correio Popular, 17 de julho de 2012, A8.
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994.
PONTUAL, Joana Cavalcanti. O jornal como proposta pedagógica. São Paulo: Paulus, 1999.
SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de Educação e Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995.
SILVA, César augusto Alves da. Além dos muros da escola: as causas do desinteresse, da indisciplina e da violência dos alunos. Campinas/SP: Papirus, 2011.
SLEIMAN, C. M. Riscos e dificuldades da Internet na sala de aula. In: EducaRede, São Paulo, São Paulo Brasil, Ag. 2007. Disponível em: <>. <http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=652>. Acessado em: 13 de Agosto de 2012. 

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